Alfazema ou Lavanda
Anis Verde ou Funcho
Nome científico: Pimpinella anisum L.
Nome comum: Anis verde, Erva Doce.
Família: Apiaceae, anteriormente chamada Umbelliferae.
Origem: Egipto, Médio Oriente.
História: Esta graciosa planta anual é cultivada desde há séculos. Foi trazida pelos árabes para Espanha e demais países mediterrâneos. Cerca de 1500 a. C. os Egípcios cultivavam a sua forma nativa em quantidade suficiente para produzir alimento, bebidas e medicamentos a partir das suas folhas e sementes. Os Romanos faziam um bolo que era servido como prato final nos festins; era temperado com anis verde, cominhos e outras ervas digestivas e estabeleceu uma tradição que se julga precursora de muitos bolos de casamento temperados com especíarias.
Descrição: A erva-doce ou anis verde é uma planta herbácea anual que pode chegar aos 60-80 cm de altura, se as condições do terreno o permitirem. Possui um caule cilíndrico, ôco, erecto e ramificado. As pequenas flores brancas agrupam-se em forma de umbela composta. Os frutos são diminutos, ovóides, consistem em dois pistilos unidos que possuem um sabor aromático forte e um odor poderoso e amadurecem no final do Verão. As folhas do Anis verde são cordiformes, recortadas e assemelham-se ás folhas da salsa. Pertence á mesma família da venenosa Cicuta, sendo fácil distinguí-la tanto pelo seu típico aroma como pelas suas características. Cultiva-se em grande escala na Península Ibérica, principalmente em Espanha, sendo este país um dos primeiros productores do fruto de anís. Também se cultiva em Itália, Turquia e Bulgária, assim como noutros países da área mediterrânea, embora em menor quantidade.
Utilização: A semente de anis pode ser usada como engodo para ratos, nas ratoeiras.
O seu óleo é utilizado em perfumes, pastas de dentes e sabões. A semente esmagada, é utilizada em perfumaria. Mastigar a semente ligeiramente torrada depois da refeição, refresca o hálito e ajuda a digestão. A semente de anis também é utilizada na fabricação de muitos licores e em alguns caris e pratos com frutos do mar.
Sementeira: O Anis verde semeia-se em local definitivo em entrelinhas em compasso de 30 x 30 cm, entre Março e Abril, em lugar protegido e ensolarado ou em vasos.
Transplantação: entre Abril e Maio
Floração: a partir de Junho
Luz: Planta que necessita de muito sol.
Solos: ligeiros, quentes, bem drenados.
Temperatura: não tolera frio intenso.
Rega: regular
Adubação: 45 Kg. ha-1 de azoto, 80-100 Kg. ha-1 de fósforo e 100-120 Kg.ha-1 de potássio.
Multiplicação: semente
Colheita: utilizam-se os frutos do Anis verde, que se colhem no final do Verão, quando estão bem maduros. Cortam-se as inflorescências (umbelas) e colocam-se sobre um recipiente a secar, em local seco, quente e arejado para que caiam as sementes.
Conservação: conservar os frutos já secos, em recipientes herméticos em local seco.
Usos e aplicações: A parte química mais importante do anís verde é sem dúvida o seu óleo essencial. A produtividade do óleo é de cerca de 2,5 a 5%, ou seja, de 100 kg de sementes secas com a destilação pode-se obter cerca de 2,5 a 5 kg de óleo essencial puro. Este normalmente é de coloração amarelo pálido, rico em anetol. Além do óleo as sementes possuem açucares, amido, substâncias resinosas, pectina, ácidos orgânicos entre outros. .
Usado principalmente sob a forma de infusão ou de tintura. A infusão é preparada fervendo o anís em água durante cerca de 5 minutos. Deve-se tomar quente e pode-se adoçar com açucar ou mel. A tintura prepara-se colocando cerca de 100 gramas de anís por meio litro de alcoól em maceração durante duas a três semanas..
Nos países mediterrâneos era costume acrescentar o anís na alimentação do gado para aumentar a produção de leite. A grande aplicação do anís verde é para problemas gastrointestinais. Possui uma acção carminativa muito boa, facilitando a eliminação de gases e diminuindo as contrações. Possui também uma acção digestiva, podendo ser tomada logo após as refeições. .
Indicações: Inapetência, dispepsias hiposecretoras, flatulência, espasmos gastrointestinais, gastroenterites, hepatites, parasitoses intestinais, resfriados, bronquites, asma, dermatomicoses, pé de atleta. Para aumentar a produção de leite, controlar excitação nervosa, insônia, doenças bucais..
Receitas medicinais: preparado de carvão para problemas estomacais. Coloque 50grs de sementes em pó de anís verde num recipiente com 50 g de carvão activo em pó e 50 g de açúcar. Misture todos os ingredientes e tome uma colher de chá após cada refeição. pode-se utilizar com muita segurança e eficácia as sementes de erva-doce e suas fórmulas farmacêuticas intermediárias. .
Contra-indicações: Intolerância ao anís, ao anetol o a outros óleos essenciais..
Precauções/Intoxicações:
Em doses elevadas e/ou prolongadas o anis verde ou erva doce pode produzir convulsões e actuar como estupefaciente, provocando parelesias musculares, congestão cerebral, e outros disturbios orgânicos. Pode originar reações de hipersensibilidade cutânea (dermatites vesicular), respiratória e gastrointestinal. .
Revisão Técnica: André M. P. Vasconcelos ( Engenheiro Agrónomo)
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